Editoria: Chá de Saúde
Para a
editoria Chá de Saúde de hoje, resolvi falar sobre um assunto que nos deixa
mais femininas do nunca, um momento muito especial na vida de cada mulher e
mais, um momento que realmente só nós mulheres podemos viver, o nascimento de
um filho. São nove meses de expectativa! Durante a gestação, a barriga cresce e
a mãe se prepara para o nascimento da criança.
Nas consultas
de pré-natal, ela obtém informações sobre um parto seguro. É a oportunidade de
confirmar que, embora a cesariana seja indicada em determinados casos, o método
natural continua sendo a melhor forma de dar à luz. Mesmo assim, o País
registra muito mais cesarianas do que os 15% recomendados pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Os benefícios
do parto normal são inúmeros, tanto para a mãe como para seu bebê. Vão desde
uma melhor recuperação da mulher e redução dos riscos de infecção hospitalar
até uma incidência menor de desconforto respiratório do bebê. Na cesariana,
mais frequente a ocorrência de infecção e hemorragias, além da possibilidade de
laceração acidental de algum órgão, como bexiga, uretra e artérias, ou até
mesmo do bebê, durante o corte do útero. A gestante pode, ainda, ter problemas
de cicatrização capazes de afetar a próxima gravidez. A frequência dessa
cirurgia também limita a possibilidade de opção pelo número de filhos.
A presença do
acompanhante no parto e pós-parto nas maternidades do Sistema Único de Saúde
(SUS) é garantida pela Lei 11.108, de abril de 2005. Em dezembro do ano
passado, uma portaria do Ministério da Saúde regulamentou esse direito. Os
hospitais do SUS têm até junho para se adaptar à medida.
De acordo com
14 estudos científicos brasileiros e internacionais realizados em mais de cinco
mil mulheres, as gestantes que contam com um acompanhante no parto e no
pós-parto ficam mais tranquilas e seguras durante o processo. A presença do
acompanhante também contribui para redução do tempo do trabalho de parto e para
diminuir o número de cesáreas (partos cirúrgicos).
A permanência
de outra pessoa junto à mulher no parto e pós-parto contribui ainda para
reduzir a possibilidade da paciente sofrer de depressão pós-parto, doença que
hoje atinge cerca de 15% de todas as mães no mundo. Além de oferecer tranquilidade
e segurança, o acompanhante pode ajudar a mulher nas tarefas básicas com o bebê
no pós-parto, quando a mãe encontra-se em fase de reabilitação.
Texto: Aline Abati
Foto: Google